Copom Deve Elevar a Selic: Impactos na Economia e nos Investimentos
O Banco Central do Brasil (BCB) está prestes a elevar a taxa básica de juros, a Selic, para 14,25% ao ano na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) marcada para hoje, 19 de março de 2025. Este aumento de 1 ponto percentual representa o terceiro ajuste consecutivo dessa magnitude, elevando a taxa ao maior nível desde setembro de 2016.
Motivações para o aumento da Selic
A decisão do BCB visa combater a inflação persistente no país, que atingiu 5,06% no mês passado, a taxa mais alta em mais de um ano. Fatores como o aumento dos preços de alimentos e energia têm pressionado o índice de preços ao consumidor, exigindo uma postura mais rígida da autoridade monetária para assegurar a estabilidade econômica.
Impactos na economia e nos investimentos
A elevação da Selic influencia diretamente diversas áreas da economia:
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Crédito e financiamento: Com juros mais altos, empréstimos e financiamentos tendem a ficar mais caros, o que pode desestimular o consumo e investimentos por parte de empresas e consumidores.
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Investimentos em renda fixa: Títulos públicos e outras aplicações atreladas à Selic tornam-se mais atrativos, oferecendo retornos maiores aos investidores que buscam segurança.
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Mercado de ações: Empresas podem enfrentar custos mais elevados de capital, o que pode impactar seus lucros e, consequentemente, o desempenho de suas ações na bolsa.
Perspectivas futuras
Analistas preveem que a taxa Selic possa atingir 15,25% no terceiro trimestre de 2025, antes de iniciar um movimento de queda gradual, encerrando o ano em 15,00% e chegando a 12,50% em 2026.
Essas projeções dependerão do comportamento da inflação e da eficácia das medidas adotadas pelo Banco Central.